domingo, 12 de outubro de 2014

Vilar Chão, 11 de Outubro de 1946: MILAGRE! MILAGRE!

...umas benzendo-se, outras ajoelhadas, observando o astro-rei a "rodar e rodopiar" sobre si mesmo, numa aura multicolorida, e atropelado por inúmeros "Ahhhh! ! !", "Corno é possível?!" e "Milagre! Milagre!". Primeiro, o Sol mostrou ao centro um dístico azul, segundo o relato de uns, ou cor de prata, no olhar de outros. Depois, evidenciou dois movimentos de rotação, para a direita e para a esquerda. Em volta, num círculo maior, uma luz viva multicolorida, circundada por uma auréola avermelhada. Um momento deveras emocionante sentido por dezenas de milhar de pessoas, em gritaria, que era prece, ou desfiando, ajoelhadas e em silêncio, as contas do rosário. Assim foi descrito posteriormente pelo enviado especial do Comércio do Porto, baseado no relato do que considerava serem "pessoas idóneas". Era o caso de uma médica portuense, irmã do antigo reitor da Universidade do Porto: Eu vi o que há de mais belo e que não se pode descrever! afirmava. Foi uma beleza, um sinal lindíssimo, magnífico, inigualável, a chamar os descrentes à religião católica. Alguém diz ter visto Nossa Senhora e a Sagrada Família. Eu não a vi! — afiançava D. Augusta Baía, uma advogada de Vila Real. 

In "Corpo sem chão" de Aida Borges
VER: http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/08/amelinha-de-vilar-chao-anos-40.html
Entrevista com Alfredo Peixe em:http://www.youtube.com/watch?v=1vKa2976KWU

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