quarta-feira, 20 de julho de 2011

DADOS GERAIS

Área: 2477 ha
População: 380 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas de S. Sebastião, do Senhor da Salvação, de Stº Amaro em Legoinha, Casas Brasonadas, Fonte Limpa, Sede da Freguesia, Centro Social, Cruzeiro, Parque Público com Bebedouro de Animais, Nicho da Nossa Senhora de Fátima, Jardim de Infância
Património Paisagístico: Lugar da Legoinha
Festas e Romarias: Festas de S. Sebastião a 20 de Janeiro, de Nossa Senhora da Assunção a 15 de Agosto
Gastronomia: Borrego, Cabrito Assado, Folar da Páscoa, Peixe do Rio, Doçaria (Rochedos e Barquinhos)
Locais de lazer: Rio Sabor,
Espaços lúdicos: Campo de Futebol de Vilar de Chão, Polidesportivo da Vilar Chão
Artesanato: Ferraria, Queijo de Ovelha, Tecelagem, Rendas, Bordados
Orago: Nossa Senhora da Assunção
Principais actividades económicas: Agricultura, Olivicultura, Cortiça, Amêndoa, Vitivinicultura, Pecuária, Gado Bovino, Ovino, Caprino, Comércio, Serviços
Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Vilar Chão, Associação Caça e Pesca

PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO

A igreja paroquial de Nossa Senhora da Assunção é o ponto central da povoação e visita obrigatória para quem atravessa a freguesia. Datada da primeira metade do século XVIII, com características barrocas e em estrutura poligonal, possui cinco altares, retábulos tardo-barrocos e uma pintura setecentista no retábulo lateral da epístola. À guarda tem uma custódia com 69 centímetros de altura, também do período barroco.

Classificada desde 1994 como Valor concelhio, a Fonte Nova ou Fonte Limpa é outro dos atractivos de Vilar Chão. É uma fonte de mergulho com alpendre setecentista (1796), de planta rectangular, com arco de volta perfeita e frontão curvo interrompido. Esta estrutura barroco é, no seu estilo, exemplar único no município de Alfândega da Fé.

No património edificado destaca-se o palácio da família de Manuel António Ferreira de Aragão, marechal de campo e morgado, datado de 1760. O brasão é composto por campo de ouro com quatro palas vermelhas, timbre de touro vermelho saltante com coleira e campainha ao pescoço e, num dos cantos de cima, uma flecha.

A nível religioso, há ainda duas capelas para visitar: S. Sebastião e Senhor da Salvação.

HISTÓRIA

A freguesia de Vilar Chão estende-se pelo extremo oriente do concelho de Alfândega da Fé, descendo de um planalto até à frescura das águas do rio Sabor e mirando as encostas do município vizinho de Mogadouro. A abundância de água nestas terras permitiu que, durante séculos, Vilar Chão fosse o “celeiro” da região, dada a abundância de cereais como trigo, milho e centeio.
A povoação terá origens seculares, visto que o Castelo da Legoinha parece ser do período de ocupação romana. Nessa zona, a descoberta de cerâmicas e de fragmentos levam os investigadores a considerar que a região era habitada já na era romana. Os indícios apontam para um despovoamento da região no período suevo, provocado pela invasão muçulmana, tendo o repovoamento ocorrido nos séculos medievais.
Muito mais antiga, ainda do tempo da pré-história, é o abrigo natural de Parada, em Marruça. É composto por uma grande pala em xisto, a uns 30 metros do rio Sabor, tendo no interior diversas covinhas, insculpidas nas lajes do solo, com cerca de 30 centímetros de diâmetro.
Vilar Chão fez parte dos antigos concelhos de Castro Vicente (hoje uma freguesia de Mogadouro) e de Chacim (agora freguesia de Macedo de Cavaleiros), passando a integrar o município de Alfândega da Fé com a reorganização administrativa de 1855.
Apesar da agricultura ter sido sempre a actividade dominante, a par da pecuária, a freguesia foi também um centro importante quanto à produção de telhas, havendo registos duma grande quantidade de fornos vocacionados para esta arte. A obra do padre Belarmino Afonso "Cerâmica do distrito de Bragança" aborda a influência que esta arte teve no desenvolvimento de Vilar Chão: "Uma fornada de telha vinha equilibrar ou suprir as dívidas de uma má colheita ou pagar por um filho que foi preciso livrar da tropa". Estes fornos eram, na generalidade, comunitários, uma forma de actividade habitual na economia medieval agro-pastoril.

HERÁLDICA




Brasão: escudo de ouro, arco de cantaria de volta plena, de azul, lavrado de prata, entre dois ramos de amendoeira de verde, frutado de vermelho, postos em pala; campanha diminuta ondada de azul e prata de três peças. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «VILAR CHÃO».

Bandeira: Azul. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.

Selo: Nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Vilar Chão - Alfândega da Fé».

domingo, 3 de julho de 2011