quarta-feira, 20 de julho de 2011

HISTÓRIA

A freguesia de Vilar Chão estende-se pelo extremo oriente do concelho de Alfândega da Fé, descendo de um planalto até à frescura das águas do rio Sabor e mirando as encostas do município vizinho de Mogadouro. A abundância de água nestas terras permitiu que, durante séculos, Vilar Chão fosse o “celeiro” da região, dada a abundância de cereais como trigo, milho e centeio.
A povoação terá origens seculares, visto que o Castelo da Legoinha parece ser do período de ocupação romana. Nessa zona, a descoberta de cerâmicas e de fragmentos levam os investigadores a considerar que a região era habitada já na era romana. Os indícios apontam para um despovoamento da região no período suevo, provocado pela invasão muçulmana, tendo o repovoamento ocorrido nos séculos medievais.
Muito mais antiga, ainda do tempo da pré-história, é o abrigo natural de Parada, em Marruça. É composto por uma grande pala em xisto, a uns 30 metros do rio Sabor, tendo no interior diversas covinhas, insculpidas nas lajes do solo, com cerca de 30 centímetros de diâmetro.
Vilar Chão fez parte dos antigos concelhos de Castro Vicente (hoje uma freguesia de Mogadouro) e de Chacim (agora freguesia de Macedo de Cavaleiros), passando a integrar o município de Alfândega da Fé com a reorganização administrativa de 1855.
Apesar da agricultura ter sido sempre a actividade dominante, a par da pecuária, a freguesia foi também um centro importante quanto à produção de telhas, havendo registos duma grande quantidade de fornos vocacionados para esta arte. A obra do padre Belarmino Afonso "Cerâmica do distrito de Bragança" aborda a influência que esta arte teve no desenvolvimento de Vilar Chão: "Uma fornada de telha vinha equilibrar ou suprir as dívidas de uma má colheita ou pagar por um filho que foi preciso livrar da tropa". Estes fornos eram, na generalidade, comunitários, uma forma de actividade habitual na economia medieval agro-pastoril.

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